quinta-feira, 25 de junho de 2009

TP3-unidades 11 e 12/Oficina 6/Projeto

Este encontro foi realizado no dia 24.06.09.Fiz a abertura com uma leitura deleite "A Moça Tecelã" de Marina Colasanti e solicitei as cursistas que escrevessem o que gostariam de tecer e destecer em sua vida profissional.Ouvimos o relato de cada uma e anexamos os textos na parede. Após cada cursista expôs a escolha das atividades do Avançando na Prática, como realizaram e desenvolveram com seus alunos. Muitas novidades e pontos positivos foram descritos. A profª Marli surpreendeu a todas com seu trabalho sobre Turismo.Ela desenvolveu com seus alunos folders lindíssimos sobre nossa cidade.Esta professora trabalha numa escola de periferia, com alunos de baixa renda e com problemas de conduta e familiares muito sérios. A profª Isabel trabalhou com gêneros e tipos textuais a partir do livro Felpo Filva de Eva Furnari.Ela desenvolveu um trabalho brilhante com bulas.A profª Armelinda explorou o filme O Leitor, com alunos de 7ª série, desenvolvendo os tipos textuais(narrativo, dissertativo) e poesia com grande desenvoltura.As cursistas estão encantadas com as atividades, sentem-se felizes por terem um material de apoio tão bom e estão motivadas, pois seus alunos demonstram interesse, alegria e envolvimento nas aulas.Elas relatam que os alunos mudaram e estão mais receptivos e demonstrando habilidades que elas até então desconheciam.Em seguida, como hoje comemora-se São João, preparei a sala com bandeirolas e convidei-as a saborear os quitutes (rapadura, pé-de-moleque, bolo, pipoca)e beber quentão ao som de músicas típicas de festa junina. Depois deste saboroso intervalo, retomamos os trabalhos e então apliquei a oficina 6. Lemos o texto de Jô Soares e após dividi em 2 grupos: um grupo deveria enumerar argumentos para o texto ser considerado um exercício de redação escolar e outro,para enumerar argumentos de não se tratar de um exercício de redação escolar. Após o tempo estipulado, a oradora de cada grupo apresentou os argumentos. Em seguida, promovemos um debate sobre os diferentes pontos de vista de cada grupo e,ainda,analisamos os tipos textuais presente nesta crônica.Após, conversamos informalmente sobre o que elas entendiam ser letramento e alfabetização.Coloquei uma imagem no data show sobre Alfabetização x Letramento de Heloise Martins para "provocar a fome"da próxima TP(TP 4-unidades 13 e 14). Foi uma manhã festiva, prazerosa e proveitosa, pois trocamos diferentes saberes e experiências. Como é bom quando o grupo está unido e motivado.(Os textos expostos, da leitura deleite, das cursistas foram anexados ao portfólio).
À tarde, nos reunimos, novamente, para conversarmos sobre o Projeto. Analisamos criteriosamente os passos para elaboração (Guia Geral-págs. 51e52). As cursistas tinham muitas dúvidas e achei melhor esclarecê-las a partir da simulação de um projeto. Dividi-as em três grupos e, como estamos no mês das festas juninas, cada grupo elaboraria um projeto tendo como temática "Festas Juninas".Eu acompanhava os grupos procurando esclarecer dúvidas e trocávamos ideias.Quando notei que os grupos haviam concluído os trabalhos, solicitei que o apresentassem.Sugeri que só faríamos comentários após as apresentações.Ao finalizarem, iniciamos com comentários e sugestões para melhorá-los. Notei que as sugestões eram aceitas e que o maior problema apresentado na elaboração foi a fundamentação teórica, mas que será resolvida com as leituras complementares sugeridas nas TPs e coloquei-me a disposição para ajudá-las em qualquer momento.Vamos lá, agora é só escolher o tema e mãos a obra...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Oficina Livre I

No dia 17.06.09 foi realizada a Oficina Livre com as professoras cursistas.Senti necessidade de trabalhar gêneros e tipos textuais com elas, pois, em alguns momentos do encontro anterior, notei que ainda não estava bem esclarecida a diferença entre ambos. Iniciei com os slides cedidos pela professora Tamar de gêneros e tipos textuais: uma conversa que se inicia (Rita de Cácia Souza). Conforme passavam os slides íamos trocando ideias e esclarecendo dúvidas. Após analisamos o slide de Marcuschi sobre representação do contínuo dos gêneros textuais na fala e na escrita. Este slide eu imprimi e distribuí às cursistas,pois considero-o extremamente esclarecedor. Todas cursistas são formadas em Letras-Licenciatura Plena e expuseram que na graduação não tinham aprendido desta forma. Disseram que assim ficará mais fácil trabalhar com os alunos, uma vez que há relação direta entre a oralidade e a escrita e também, que a análise de diferentes tipos textuais que há num texto pode ser visualizado e compreendido pelo aluno resultando assim,no momento da produção textual, um texto mais elaborado e objetivo. Foram feitos apontamentos muito interessantes e que enriqueceram o nosso encontro. Em seguida formei quatro grupos e distribuí uma sacola para cada grupo contendo textos dos mais diferentes gêneros (propaganda, editorial,contas telefônicas, folders, carta comercial, bulas, receitas, charges, manual de instrução,...) e solicitei que organizassem os textos usando o critério que achassem conveniente. Após socializarmos o critério que cada grupo escolheu e o porquê da escolha. Solicitei então que escolhessem um texto e analisassem o tipo textual (ou tipos textuais presentes no texto(gênero)). Meu objetivo era corroborar a ideia da heterogeneidade de um texto. Elas demonstraram segurança e entendimento ao exporem a análise dos textos. Em vista disso, além de ter atingido meu objetivo, notei que ficou esclarecido gênero e tipo textual e a empolgação delas era contagiante. Foi uma oficina muito produtiva, esclarecedora e prazerosa. Encerramos a manhã fria (em torno de 6°C) cantando e dançando ao som da música "Tem que ser você" de Victor e Léo com muita alegria e a sensação do dever cumprido.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Terceiro encontro

No dia 10.06.2009 realizei o encontro referente a TP3-unidades 9 e 10-GESTAR II e a oficina 5. Iniciei com o vídeo O Saber e o Sabor e após fizemos a apreciação com apontamentos como: a "fome" se dá quando o aluno vê utilidade e significado no que está aprendendo, o "pensar" deve ser estimulado com atividades orais a partir de textos que se aproximem da realidade do aluno e que o "amor" a profissão de ensinar faz a grande diferença em sala de aula.Após as professoras cursistas relataram suas práticas de sala de aula. Foram unânimes em colocar que o tema da Tp3-trabalho- foi prazeroso para desenvolver com os alunos e que o introduziram através de diferentes figuras (as da unidade 9 e outras que selecionaram através de pesquisa).Ressaltaram que os alunos vêm como trabalho somente o que é remunerado e os demais como lazer(dança, voluntariado).Colocaram, também, que o trabalho com fábulas cai nas graças dos alunos, independente da série, pois todos gostam e que muitos não conheciam as diferentes versões da fábula da Cigarra e da Formiga. Foi um momento único, pois todas tinham algo para acrescentar e houve muita troca de material entre elas.Perguntei-lhes de forma a teoria ajudou-as no planejamento de suas aulas e elas responderam que se sentiam seguras com o trabalho que estavam realizando ("estamos embasadas teoricamente e isto sustenta nosso trabalho").A queixa maior foi com o pouco tempo que tiveram para aplicar o "Avançando na Prática", então tranquilizei-as dizendo que era sua primeira experiência e tinha certeza que nas demais elas teriam maior habilidade em direcioná-las.

Em seguida, foi realizada a oficina. Dividi-as em 3 grupos. Cada grupo recebeu uma notícia diferente de jornal, mas tendo como tema "trabalho":"crise derruba preço da sucata", "destacada luta da professora Iula" e "cabe as líderes abrirem caminho". Propus que esta mesma notícia deveria ser dada em forma de poema dando a elas 30 minutos para fazê-lo. Após o tempo estipulado, a oradora de cada grupo apresentou a notícia-poema, com rima e métrica. Elas gostaram da oficina e expuseram que nunca tinham tido a ideia de criar um poema a partir de uma notícia de jornal e que acharam interessante a relação entre dois gêneros tão diferentes de textos.

Foi uma manhã muito especial, pois a troca de experiências, as sugestões e o ânimo de todas fez com que sentisse que estamos no caminho certo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Oficina Introdutória II

Editorial Zero Hora de 17/maio/2009

Aula... ou espaço do nada?

Janete Pires*

Mais um dia de aula. E mais um dia em que a gritaria , o deboche, o desprezo e o desrespeito comandam o espetáculo denominado sala de aula.É a "festa" liderada por dois ou três alunos-os soberanos das façanhas ousadas, os heróis corajosos que enfrentam as professoras com arrogância destemida, no cotidiano das aulas. Aos poucos, outros seguem o exemplo, entram no embalo e a confusão aumenta.A aula, aos poucos, confunde-se com um vazio sm nexo.Não é uma aula.Não é uma festa.Não é nada!É o demando.

A professora decide iniciar a aula, interfere -um bom-dia é dirigido aos alunos.Poucos ouvem e muitos ignoram.A seguir, a proposta da aula é comunicada. A maioria, entretanto, nem ouve. A professora se impõe e fala mais alto-para alguns é grito, desrespeito... É neste momento que os "líderes" agem com mais vibração.De forma descontraída, aos risos e gritos, circulam pela sala a pedir material emprestado, a segredar assuntos e a reclamar da professora, pois ela "grita com eles"...

Na tentativa de amenizar a confusão, a professora providencia o material que os alunos dizem ter esquecido-o lápis, a borracha, o caderno ou o livro-texto. Poucos momentos após-"achei meu lápis, meu caderno...".O descaso invade o momento do saber-o desrespeito, o deboche e a farsa fzem da aula um mundo sem perspectivas.

Na verdade, a aula é comandada pelas artimanhas da "patrulha do faz de conta".Então,através de alusões infundadas,de ameaças à professora,eles ignoram os conteúdos e as normas de convivência social-são os donos da situação.O restante da turma,refém da bagunça doentia,fica inerte,petrificado.A professora?Ah!Esta é mera figura decorativa. Mas... e a aula,os conteúdos,o saber,onde é que ficam?

A ausência de ideais,de sonhos,de conquistas,anestesiam a vontade de muitos alunos e,desta forma,a violência mostra-se cada vez mais arrogante,ameaçadora e incontrolável,o que entrava o desenvonvimento cultural e assegura um rendimento escolar medíocre.

A sala de aula,hoje,é um espaço doentio,no qual o professor é torturado das mais diversas formas-verbal,gráfica e mímica,através de palavras,de gestos e desenhos obscenos e até sinistros.O aluno que não segue o "comando",coitado,mesmo quieto,não passa ileso.É vítima desta turma-além da perturbação sonora,pouco ou nada aproveita da aula.Se é que este momento pode ser chamado de aula!

Este descontrole cultural e social terá alguma conotação com os resultados da avaliações em que o Brasil só tem atingido os últimos lugares?No teste do Pisa,de 2006,o Brasil conquistou o 52ºlugar dos 57 países avaliados.

*Professora


No dia 03 de junho de 2009, das 7h30min às 11h30min, foi realizada a oficina introdutória II, de Língua Portuguesa.Meu grupo é formado por 14 professores da rede municipal.Lí o texto acima e fizemos uma reflexão e comentamos sobre o papel do professor em sala de aula e que, com a aplicação do Gestar II, mudaremos esta realidade.Após expliquei a metodologia, a proposta pedagógica e a dinâmica das oficinas.Ressaltei a importância de ler a TPs e fazer as atividades, pois isto é que enriquece teoricamente o trabalho que será realizado com os alunos. Folhei, juntamente com as cursistas, a TP3 e detalhei cada tópico(iniciando a conversa,objetivo da seção,atividade 1,...)para que se familiarizassem com o material. Mostrei que cada unidade apresenta três "avançando na prática" e que, a cada duas unidades estudadas totalizamos seis e que a aplicação em sala de aula é de somente uma.Também no AAA do professor há sugestões práticas que podem ser aplicadas aos alunos.Entreguei impresso e expliquei os critérios para a produção do portifólio.Ressaltei a importância do registro das atividades realizadas com os alunos e que a folha para este registro está no final da TP com o título Lição de Casa.

Senti o grupo muito motivado e demonstraram grande interesse em realizar as atividades propostas.Achei que iriam reclamar pela quantidade de atividades que devem fazer, mas para minha surpresa todas entenderam a importância da teoria para que a "prática" seja um sucesso.